segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Acerca do “Se…

Não sei bem dizer quando começou a ideia de gravar o meu registo sonoro; resumir uma história ou Epopeia não é fácil sem omitir pormenores relevantes.
Lembro-me que andava “entre o ócio e as esquinas” (citando Jorge Palma in “Voo nocturno”, entre algumas entrevistas falhadas para emprego e inúmeras responsabilidades presentes e futuras. Sou pai.
Algum “back ground” amador e dois punhados de canções que escrevi, serviram de fórmula para a depressão que por estes dias é tipicamente portuguesa.
Pois…tinha dois punhados de canções mas faltava-me o Alfaiate que as vestisse a preceito.
Daí a Gil Garrido a distância era de pouco mais que um Km, entre S.Pedro da Cova e Quintã de Baixo. Porque a distância entre gostos e atitude não chegava a existir.
Celebramos um acordo verbal como antigamente e com a ajuda (grande ajuda) de Serafim Martins embarcamos numa Epopeia de meio ano, sem horários marcados.
Após meio ano, dei comigo a enviar a” pré-produção” para tudo que era meio de comunicação; editoras, rádios, tv…etc, na certeza de que para mim qualquer “corte” era currículo.
Durante esse tempo, esteve sempre presente em conversas formais e ao mais alto nível, a hipótese”Se…”.

-“Se te dedicasses á costura…”
-“Se viesses noutra altura …”
-“Se tivesses agenciamento, editora…”
-“Se fosses á televisão…”
-“Se tivesses dinheiro…
-“Se colasse…”
-“Se fosses para o ca…”

…entre outras frases típicas dos amantes do marasmo e de alma pequena.

Após um indeterminado número de “cortes “, decidi editar por conta própria (edição de autor) e por conta, também, de alguns amigos patrocinadores.

“Se…” é uma edição limitada (300 cópias) autorizada pela S.PA., na qual se pode ouvir 10 canções, das quais 7, são de minha inteira autoria.
O tema “Após tanto caminhar”, trata-se de um poema oferecido Serafim Gesta (Mazola); o poema”O relógio”, foi cedido pelo o detentor dos direitos do poeta José Carlos Ary dos Santos e a versão “Bom dia” foi cortesia de Jorge Palma em termos de cedência de direitos.
O “Ladrão sem sorte “ é uma reinterpretação da canção “La mouvaise reputation “de George Brassens com o aval de Luís Cília.

“Se…”, foi e continua a ser uma grande experiencia para mim!

Abraços para os amigos
e até a próxima…edição

Vasco Balio

2 comentários:

Anónimo disse...

Feel good......

Anónimo disse...

E o Vasquinho tem um blog. Já ia sendo tempo de começares a polular a blogosfera com as tuas palavras, sábias, incoformadas, interventivas, autênticas.

"Se" é teu mas também é nosso...

António "Luva de Amianto" Carlos